A carreira médica é repleta de responsabilidades, mas também de oportunidades de atuação para médicos recém-formados. Uma dessas oportunidades é a clínica médica, na qual atuam os famosos clínicos gerais.
Com um curso R1 de residência médica, por exemplo, um médico pode atuar em vários tipos de casos, ampliando sua versatilidade. No entanto, médicos também podem se tornar especialistas em uma só área por meio de uma formação profissional completa e específica.
Você é médico e está em dúvida sobre ser clínico geral ou ter uma formação específica? A seguir, ajudamos você a escolher a melhor opção, apresentando o que cada especialidade faz e quais são as vantagens e desafios.
Médico formado é Clínico Geral
Primeiro de tudo, é importante frisar que o Clínico Geral é uma especialidade por si só, e não o “status” de um médico quando ele se forma. A principal diferença é que a Clínica Geral é uma abordagem que possibilita ao médico atuar em diversas áreas diferentes.
Muitas pessoas acreditam que um médico recém-formado já sai da faculdade como clínico geral. Embora essa lógica faça sentido, na prática não é assim que funciona. O médico recém-formado é um médico generalista, que pode atuar como profissional de saúde mesmo tendo apenas a graduação.
Isso significa que o médico recém-formado pode trabalhar sem problema algum, tanto na rede pública quanto na rede privada; no entanto, ele só não vai ter nenhuma especialidade médica em seu currículo — nem mesmo a Clínica Médica.
O lugar do clínico geral
A Clínica Médica é a especialização pela qual o profissional médico deve passar caso queira atuar como clínico geral. Normalmente, o programa tem duração de 2 anos e capacita o médico para atuar no tratamento de doenças.
Você pode achar contraditório algo que tem “geral” no nome ser uma especialização médica. De fato, a rotina do clínico geral envolve o tratamento de diversas doenças. A diferença entre ele e o médico generalista é que o clínico geral trata de doenças bem específicas, como diabetes, infecções, casos de gastrite, doenças de pele.
Nesse sentido, o clínico geral possui um leque maior de habilidades para realizar atendimentos prioritários em um grande número de suspeitas. Quando você tem sintomas de alguma doença, mas não sabe o que pode ser exatamente, é o clínico geral o responsável pelos famosos “check-ups”, solicitação e análise de exames de rotina.
Desafios da clínica médica
Enquanto o clínico geral tem uma formação mais abrangente e pode atuar em diversas áreas, ele consegue ter maior versatilidade profissional. Por isso, trata-se de uma área que pode atender a praticamente todos os casos, de gripes a um problema cardíaco.
No entanto, a clínica geral também apresenta desafios, e um deles é justamente a versatilidade do profissional. Essa maior capacidade de atuação faz com que a carga de trabalho da clínica médica frequentemente seja elevada, em razão da alta demanda por atendimentos em muitas regiões.
Por isso, não é incomum que clínicos gerais tenham que enfrentar plantões extenuantes, realizando vários atendimentos ao longo do dia.
Especializações
Caso o médico recém-formado queira de fato seguir uma carreira específica e cuidar de um determinado sistema do corpo, aí ele parte para a especialização. Para isso, ele precisa voltar para a sala de aula, desta vez para ter aulas sobre a área específica na qual planeja se aprofundar.
Existem pelo menos 55 especializações diferentes na medicina, e todas elas cuidam de determinadas áreas do corpo humano. Algumas das mais conhecidas são:
- cardiologia: lida com problemas relacionados ao coração e ao sistema circulatório;
- dermatologia: lida com doenças relacionadas à pele;
- alergologia e imunologia: trata de sistemas alérgenos e seus impactos no organismo;
- ginecologia e obstetrícia: área que cuida da saúde da mulher em todos os aspectos, incluindo a gestação;
- endocrinologia: lida com o sistema hormonal e distúrbios do metabolismo, como a diabetes.
Enquanto os seis anos de estudo em medicina apresentam conceitos gerais de saúde, as especializações oferecem maior oportunidade para que o médico possa obter conhecimentos específicos e melhorar suas habilidades, ao mesmo tempo que adquire qualificação para dar o melhor tratamento aos seus pacientes.
Desafios da especialização
Assim como a clínica médica, optar pela especialização tem seus desafios. Da mesma forma que o trabalho na clínica é extenuante, o processo de formação do médico especialista também é.
Trata-se de uma formação além dos seis anos do curso de medicina, exigindo residências médicas que demandam dedicação intensa. Nessa fase, o médico precisa enfrentar jornadas de trabalho exaustivas.
Em contrapartida, o médico especialista tem uma remuneração melhor que a do clínico geral ou médico generalista. Por isso, o aspecto financeiro também é um dos atrativos para essa carreira.